— Então todo ano a forma de evento é diferente?— pergunto a Susan.
— Sim, sempre tentamos inovar da melhor forma possível.— diz minha sogra.
— Veja este daqui Sam, de dois anos atrás e este do ano passado.— Emma me mostra um álbum com diversas fotos, uma mais linda que a outra. Realmente as duas são ótimas no que fazem, estou encantada.
— Na do ano passado foi leilão? Nunca fui em um, sempre achei careta — elas riem —Mas, em quebra de sigilo, quanto vocês, digo, as instituições que serão beneficiadas recebem? Assim, quando se trata de leilões?— pergunto para elas.
— Depende muito do que será leiloado, do gosto das pessoas que estão ali participando, o quanto estão dispostos a comprar.— diz minha cunhada.
— Ano passado, tivemos uma arrecadação de 60 milhões. Já no penúltimo leilão que fizemos, foram 100 milhões. Porque ambos eram diferentes, obras ou produtos de marcas ou artistas diferentes.— conta Susan e fico de boca aberta.
— Uau, quanto diferença e quanto dinheiro não é mesmo?— elas riem.
— E então Sam, teve alguma ideia?— pergunta Susan.
Abaixo a cabeça e volto há olhar para aquelas fotografias, uma a uma e aos poucos uma ideia um pouco arriscada, surge em meus pensamentos, mas tenho quase certeza que Jordan iria gostar.
Após a tarde tranquila que tive com Susan e Emma, fui direto para casa. Meu corpo de repente parecia tão cansado, e pedia por minha cama e uma boa soneca. E foi exatamente o que eu fiz, um tempo depois lá estava eu, terminando de vestir um roupa confortável após um banho, e indo em direção a minha cama.
O sono que eu sentia era tão grande, que sequer notei quando dormi pois acordei, com um certo loiro me chamando, enquanto balançava meu corpo suavemente.
— Só mais um pouquinho...— murmuro para ele.
— Desde que cheguei que você está aí Sam, levanta um pouco.— diz Jordan.
— E que horas são?— pergunto.
— Oito e quarenta da noite.— me sento rapidamente.
— O quê? Tem quanto tempo que chegou?— o questiono.
— desde as cinco.— fala.
— E porque não me chamou?— pergunto mais uma vez.
— Você estava apagada literalmente, cheguei e você estava toda torta de um lado e com a boca aberta. então não quis chamar.— diz ele e reviro os olhos.
— Não sei que merda foi isto, mas mal sai da casa da sua mãe, me bateu um cansaço, um sono.— falo e bocejo.
Ele sorri e se aproxima de mim, diz que agora os gêmeos irão pegar pesado comigo. Lhe dou um tapa e me levanto para ir ao banheiro, sequer consigo controlar mais estas idas frequentes lá.
Logo após volto para o quarto, e começo a conversar com Jordan sobre nosso dia, pergunto como foi com o pai dele e o mesmo me conta que até que havia sido bacana, Jeremy não pegou em seu pé e estava todo animadinho o levando em vários cantos da empresa. Creio que o problema desses dois, seja isto, está maldita divergência em questão do que ambos querem. Um quer ter escolha própria, seguir por outra profissão e outro, quer determinar a profissão de alguém que não quer aquilo pra si. Se eles soubessem sentar e conversar sobre o assunto, tudo estaria certo e, eles se dariam bem melhor do que agora.
Um tempo depois de ouvi-lo e também falar minha opinião, ele quis me escutar também, sobre o meu dia com sua mãe e irmã e eu lhe contei.
— Eu tive uma ideia, na hora que Susan me contou que todo ano eles sempre tentaram fazer temas diferentes.— falo para ele.
— E qual ideia seria está?— pergunta.
— Bom, que tal neste evento fazermos tudo? Todos os temas.— falo sorrindo e ele me olha confuso.
— O que tem em mente Samantha?— pergunta mais uma vez.
— Ora, fazer uma festa única.— digo.
— Espera, você quer uma festa beneficente com os temas já feitos antes?— diz Jordan, parecendo entender.
— Isso! Iremos precisar de um local enorme, com algumas salas também enormes.— vou contando a ideia para ele.
— E em cada sala, será um "evento" diferente.— conclui ele.
— Sim, já pensei em algumas coisas, mas não quero tomar a frente de algo seu, estou aqui apenas para te auxiliar. Se você não quiser fazer deste modo, tudo bem, procuramos...— sou calada por um beijo inesperado de Jordan.
— Você é incrível, está ideia é maravilhosa! Não me lembro de algo assim, já ter acontecido antes.— diz todo empolgado.
— É sério?— olho para ele, me sentindo feliz.
— Muito sério.— diz e volta a me beijar.
E naquele exato momento, sinto uma sensação estranha em minha barriga, tento ignorar, mas logo Jordan também para e me olha. Ele desce até minha barriga e, mais uma vez sinto aquilo, mas agora um pouco forte. Olho para o loiro em minha frente, e meus olhos se enchem de lágrimas. Também desço minha mão e toco minha barriga, esperando sentir.
No início, foi como se uma onda levíssima passasse por baixo de minha mão, segundos depois o movimento foi mais forte e meu coração acelerou de uma forma louca.
— Eles estão mexendo.— falo baixinho olhando para Jordan, que mantém um sorriso.
— Eles estão mexendo, caralho Sam.— diz ele e muda a posição da mão.
Era a primeira vez que eles chutavam, eu sequer esperava por isto agora, mas era algo que já almejava há um tempo, e agora estava ali, vivendo aquela sensação super estranha e ao mesmo tempo gostosa.
— Caralho.— murmura o loiro.
Jordan aproxima o rosto até minha barriga, e a beija. Era a primeira vez que ele fazia aquilo, o que me deixou sem reação nenhuma.
— Jane Ellen? Dylan? Vocês estão bem?— ele conversa pela primeira vez com os bebês em minha barriga, e diz o nome que escolheu para nosso filho — Só pra saberem, eu estava beijando a mamãe, e vocês me atrapalharam— diz ele e novamente sinto outro chute.
— Eles não gostaram.— falo e Jordan revira os olhos.
— Não fiquem bravos com o papai, prometo que só quero fazer a mãe de vocês bem.— bato em seu braço.
— Não escutem ele, vocês são bebês.— falo.
— Escutem sim, e aproveitando o momento, quero pedir perdão por ter sido estúpido com vocês no início. Saibam que eu, Jordan Brenner, o pai de vocês dois, os ama completamente.